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Senadora deixou PSL após ser pressionada para retirar nome da Comissão Parlamentar de Inquérito
A senadora Selma Arruda oficializou, na tarde desta quarta-feira (18), sua filiação ao Podemos. Durante cerimônia realizada em Brasília, ela chorou e afirmou que os poderes do Brasil precisam ser passados a limpo, inclusive o Judiciário.
Selma resolveu deixar o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, após ser pressionada para retirar seu nome da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga, que pretende investigar a atuação dos tribunais superiores, sobretudo de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante seu discurso, Selma disse que a liderança do Podemos “não fez imposições e exigências” para que ela se filiasse.
“Chega da velha política, das oligarquias, chega de clãs mandando neste País. A gente não pode e não precisa mais deixar que isso aconteça. A submissão não pode ser mais uma regra. Quando se fala em democracia, é quando se fala em parlamento livre”, disse.
“Eu me emociono não é porque sou mole. É porque sou corajosa. Essa lágrima é de indignação. Ela não tem outro sentimento”, afirmou.
Participaram da cerimônia a presidente nacional do partido, deputada federal Renata Abreu, o senador Álvaro Dias, o presidente da sigla em Mato Grosso, deputado federal José Medeiros, e o vice-prefeito de Cuiabá, Niuan Ribeiro.
Também esteve presente o líder do PSL no Senado, Major Olímpio. Selma disse que irá insistir muito para que ele também se filie ao Podemos.
Ainda durante seu discurso, Selma afirmou que vai continuar lutando contra a corrupção, que o Brasil precisa ser passado a limpo e que nenhum Poder é “intangível”.
“Eu quero dizer ao Brasil, ao meu Estado de Mato Grosso, que eu vou continuar a mesma Selma destemida, lutando contra a corrupção, lutando pela operação Lava Jato e por tantas lavas jatos que nós precisamos ainda nesse Brasil. Não existe só Curitiba, só Rio de Janeiro, só São Paulo, tem muito lugares por aí que ainda precisa levantar o tapete para descobrir a sujeira que tem embaixo”, afirmou.
“E nós vamos trabalhar por isso porque o Brasil tem que ser passado a limpo em todas as esferas, não é só Executo, não é só Legislativo, é o Judiciário também. Não existe nenhuma pessoa e nenhum Poder que seja intangível”, pontuou.