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Operação foi desencadeada nas primeiras horas desta quarta para investigar esquema de sonegação
O advogado Anilton Gomes Rodrigues, que foi preso na Operação “Faker Paper”, na manhã desta quarta-feira (9), é apontado como um dos principais integrantes de um esquema responsável por sonegar impostos através de emissão de notas frias em Mato Grosso.
De acordo com o delegado Sylvio do Vale, da Delegacia Fazendária, Anildo era sócio e contador das empresas Rio Rancho Produtos do Agronegócio, Mato Grosso Comércio e Serviços e a B. Da S. Guimarães Eireli, que juntas emitiram R$ 337.337.930,11 em notas frias, gerando um prejuízo “alarmante” aos cofres do Estado.
“O Anildo é advogado, contador e sócio de duas empresas das três investigadas. E na terceira empresa, ele era apenas o contador”, disse o delegado.
Além do advogado, a operação cumpriu mandado de prisão contra outras oito pessoas. Os nomes dos demais alvos ainda não foram divulgados. A ação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão.
Conforme o secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Rogério Gallo, o esquema foi descoberto pela gerência da Sefaz que calcula a partilha do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) aos municípios, conforme as operações tributadas em cada cidade.
Este setor é responsável por verificar o comportamento das operações realizadas nos municípios e, assim, estabelecer critérios para a divisão do bolo do ICMS.
“Foi verificado que essas três empresas movimentaram volumes financeiros e de produtos que não tinham correlação com as entradas em mercadorias nos seus estabelecimentos. Isso gerou relatório de inteligência, que foi compartilhado com a Defaz”, explicou o secretário.
“Um dos produtores rurais acabou vindo à Defaz e confessou que de fato aquela aquisição dele não era uma operação real, era fictícia, enfim. A partir daí desencadeou essa operação”, acrecentou.
A operação
Desencada nas primeiras horas desta quarta-feira, a ação policial apura uma organização que, através de falsificação de documento público, falsificação de selo ou sinal público e uso de documento falso, promoveu a abertura de empresas de fachada, visando disponibilizar notas fiscais frias para utilização de produtores rurais e empresas nos crimes de sonegação fiscal.
Além disso, o esquema possibilitou a prática de crimes não tributários, como a fraude a licitação, ou mesmo ‘esquentar’ mercadorias furtadas ou roubadas.
Os mandados foram cumpridos em sete cidades de Mato Grosso: Cuiabá, Tangará da Serra, Campo Novo dos Parecis, Barra do Bugres, Canarana, Sorriso e Juína.