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Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), reitera seu repúdio a todo e qualquer ato de violência, especialmente de violência contra as mulheres, atos bárbaros e torpes, porém, o presidente da OAB, Leonardo Campos, diz que o não incentivo a reinserção do goleiro Bruno Fernandes à sociedade “faz a luta legítima das mulheres ficar segmentada e com um olhar apenas por um lado da questão”.
“Com todas as venias aos que pensam em sentido contrário, mas a luta das mulheres deveria ser pela investigação, condenação e cumprimento da pena. Isso ocorreu”, afirmou o presidente da OAB-MT.
Segundo Leonardo Campos, a luta das mulheres, em repúdio a contratação do goleiro Bruno no Operário de Mato Grosso, passa a ser de um grupo e não da sociedade como um todo.
Nesta terça-feira (21), ás 19h, um grupo de mulheres realiza uma manifestação, na Arena Pantanal em Cuiabá, contra a vinda do goleiro Bruno para o Operário de Várzea Grande com a rechetegue #BrunoNão.
Entenda o caso
Bruno foi condenado pela morte da ex-namorada e mãe de seu filho, Eliza Samudio. O crime aconteceu em 2010. O goleiro mora no interior de Minas Gerais e já teve recomendação do Ministério Público daquele estado para que a Justiça autorize sua vinda, já que ele ainda está em regime semiaberto.
Segue a nota da OAB-MT
Sobre o caso Bruno:
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) reitera seu repúdio a todo e qualquer ato de violência, especialmente de violência contra as mulheres, atos bárbaros e torpes.
Por meio de suas comissões temáticas e na qualidade de representante sociedade civil organizada, a Ordem se mantem vigilante e à disposição da população para cumprir seu dever de zelar pela Constituição, pelos direitos sociais e pelo Estado Democrático de Direito.
Assim, a OAB-MT também reitera seu posicionamento em defesa da ressocialização e da reinserção no mercado de trabalho, tendo em vista que este é o objetivo maior do sistema penal brasileiro insculpido no texto constitucional e na Lei Execução de Penal.
Contudo, além do sistema judicial, cada cidadão e cidadã também está submetido ao sistema social, no qual não cabe às instituições julgamentos morais, sendo de responsabilidade de cada um arcar com as consequências dos seus atos na esfera onde vivem, seja pessoal ou profissional.
Diante dos fatos recentes envolvendo a contratação de um atleta por um clube de futebol de Mato Grosso, a Comissão de Direito da Mulher da OAB-MT continua seu trabalho e compromisso de zelar pelos direitos das mulheres.
Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) Comissão de Direito da Mulher/ OAB-MT