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Ex-deputado estadual prestou depoimento na 7ª Vara Criminal, na ação relativa operação Arca de Noé
O ex-deputado estadual José Riva depôs na tarde desta terça-feira (18) à juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, em um dos processos criminais referentes à Operação Arca de Noé, deflagrada em 2002.
A operação apurou esquema de desvio de milhões reais da Assembleia Legislativa entre os anos de 1999 e 2002, quando Riva presidia a Mesa Diretora.
No entanto, essa ação se trata da participação do bicheiro João Arcanjo Ribeiro no esquema de desvios no Legislativo. Riva foi arrolado pelo Ministério Público Estadual como testemunha.
A imprensa, no entanto, não pôde acompanhaR a audiência. Ao sair da sala, Riva foi questionado se revelou fatos que constam em seu acordo de colaboração premiada.
“A delação sequer foi homologada e está em sigilo. Não há nada novo. Todos os fatos já conhecidos. Eu apenas fiz minha parte”, disse Riva.
A delação de Riva está nas mãos do desembargador Marcos Machado, que decidirá se a homologa ou não.
As negociações, que se iniciaram no início de 2019, foram concluídas em dezembro passado, sob a coordenação da procuradora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Ana Cristina Bardusco Silva.
Condenado
Considerado o maior “ficha-suja” do País, Riva já foi condenado por diversos crimes cometidos enquanto esteve à frente do Legislativo mato-grossense.
Na última, em abril de 2019, ele foi condenado a 18 anos e 7 meses de prisão, em regime fechado, por peculato e lavagem de dinheiro em quatro processos da Operação Arca de Noé.
Em setembro de 2018, o ex-parlamentar foi condenado a 17 anos e 9 meses e ao pagamento de 200 dias-multa – sendo o valor de cada dia-multa fixado em um salário mínimo, que no total soma R$ 191,4 mil – também em ações provenientes da Operação Arca de Noé.
Em março de 2017, Riva foi condenado a 26 anos, sete meses e 20 dias de prisão, e mais 655 dias-multa pelos crimes de formação de quadrilha e peculato na ação penal derivada da Operação Imperador, deflagrada em fevereiro de 2015.
Somadas, as condenações chegam a 62 anos de prisão. No entanto, por se tratarem de decisões de primeiro grau, Riva pode recorrer em liberdade.