Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
O ex-governador Silval Barbosa afirmou, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Cuiabá, na manhã desta segunda-feira (2), que o então chefe do Ministério Público (MP), Paulo Prado, sabia dos pedidos de extorsão dos deputados estaduais, chamados de mensalinho. Entretanto, Prado não tomou nenhuma providência em relação ao esquema.
Segundo o depoimento do ex-governador, ele chegou a se oferecer para gravar essas tentativas e obter provas para que o MP tomasse providências, mas não obteve resposta.
Silval afirmou ainda que se reuniu duas vezes com Paulo Prado para falar sobre as pressões que estava sofrendo e que atrasavam as obras. Em um segundo encontro, foi falado sobre a possibilidade de gravar os pedidos de extorsão, mas o plano não foi efetivado.
“Ele disse: vamos gravar aqui dentro e flagrar. Ficou de estudar e ficou por isso mesmo”, disse Silval sobre Paulo Prado. Nesses encontros Silval teria dito que estava passando por problemas não só na Assembleia Legislativa, mas em outras instituições também.
Sem resposta do MP, o ex-governador disse que precisou “tocar as obras” do jeito que podia, com o pagamento de propina para evitar problemas e atrasos na Assembleia Legislativa, que incluíam a aprovação de crédito suplementar, do orçamento e de projetos.
Em seu depoimento, Silval voltou a afirmar que o acordo com os parlamentares era de R$ 600 mil, divididos em 12 parcelas de R$ 50 mil.