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A sessão extraordinária ocorrida na Câmara de Vereadores de Cuiabá, na última sexta-feira (06), cassou, por 14 votos a 11 votos, o mandato do vereador Abílio Brunini (PSC) por quebra de decoro parlamentar.
No primeiro momento da sessão foi discutido, por mais de 5 horas, o relatório da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, pedindo o arquivamento do processo, sob a alegação que este continha “vícios insanáveis”.
Posto em votação, o parecer foi derrubado por um placar de 13 votos contra, 10 a favor e uma abstenção. Em seguida foi colocado em discussão o relatório da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa de Leis, cujo parecer pedia a cassação de Abílio Júnior.
O relatório foi lido pelos vereadores Orivaldo da Farmácia (PRP) e Adevair Cabral (PSDB). Durante a leitura a Comissão apontou que Abílio cometeu excessos de fiscalização em uma unidade hospitalar da capital, coagiu pessoas e ofendeu ´por diversas vezes a honra de seus colegas parlamentares.
Apesar dos argumentos da defesa, que contou com 4 horas da sessão para realizar o seu trabalho, prevaleceu no resultado da votação a tese da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar.
Prevendo a cassação de seu mandato, Abílio ocupou grande parte de seu tempo de defesa para ironizar, criticar e acusar, sem apresentar provas, vários vereadores presentes.
A defesa do vereador do PSC, realizada pelo advogado Carlos Rafael de Carvalho, tentou por diversas vezes apontar irregularidades na condução do processo.
Segundo o vereador Luís Claudio (PP), apesar das tentativas de obstrução ocorridas em vários momentos, o rito do processo de cassação foi seguido de acordo com o regimento interno e as leis da casa e do País, durante toda a sessão.
Foi dado, também, amplo direito de defesa ao acusado e, após mais de 14 horas seguidas de exaustivo trabalho parlamentar, a cassação do vereador Abílio foi aprovada por maioria absoluta.
“É um dia triste para Câmara, mas os atos de falta de decoro arrolados no processo e a maneira desrespeitosa com o qual o vereador Abílio tratava os colegas de parlamento, demonstrado inclusive, nesta sessão, foi na realidade o que determinou a cassação. Mesmo que tenhamos opiniões diferentes, o respeito é fundamental para manutenção do ambiente democrático e o debate de ideias”, concluiu Luís Claudio. (Com assessoria)