Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Com quase 93 mil seguidores no Instagram, tudo que a primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, fala – às claras ou nas entrelinhas -, literalmente, acaba reverberando dentro e fora da política, mesmo quando faz algum comentário em outras postagens fora da sua rede social.
Esta semana após o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, não aceitar a proposta do governador Mauro Mendes de usar como critério de escolha a pesquisa qualitativa para definir queda de braço interna dentro do União Brasil, entre ele e o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, Virginia Mendes comentou em postagem de matéria veiculada pelo site Repórter MT: ‘Tá com medo da pesquisa’.
A frase – dentro de uma manchete com a negativa de Botelho -, claro, foi mais uma ‘cutucada’ da primeira-dama ao presidente da Casa de Leis estadual. Além, obviamente, de reforçar seu apoio à Fábio, que também é o escolhido do governador Mauro Mendes.
Prova disto, foram as suas palmas ao secretário da Casa Civil, presente em evento que comandou no início da semana, no Hotel Fazenda, em Cuiabá, quando assegurou 3.850 filiações de mulheres ao partiddo, mostrando que sua liderança está muito para além do cargo que ocupa como presidente de honra do União Brasil Mulher em Mato Grosso.
A crítica de Virginia pautou-se em reunião realizada pelo governador com Botelho e Garcia na última terça-feira(07), quando Mendes apresentou a proposta de uma pesquisa qualitativa como ferramenta na escolha dos pré-candidatos da legenda. A proposição não foi acatada por Botelho sob o argumento de que uma ‘quali’ é interessante mas que seria, igualmente, importante uma quantitativa, como forma de não ‘menosprezar a opinião da população’, pois o levantamento mede a intenção de voto do eleitor cuibano.
À imprensa, o parlamentar estadual considerou a proposta como algo ‘inexequível’. “O governador me fez uma proposta, mas ela me parece ser inexequível[que não pode ser executado], porque ele propôs uma quali, sem levar em consideração a importância de uma quanti. Assim, a minha contraproposta foi que se use as duas, já que a quali é totalmente subjetiva, diferente da quanti que é numérica, científica e é aceita em todo o mundo. Ou seja, defendo que seja feitas as duas, pois não podemos menosprezar a opinião da população”, disse.
Para entender, a pesquisa quantitativa se concentra em dados numéricos[estatísticos], enquanto a pesquisa qualitativa se concentra em dados não numéricos, tais como palavras. Os métodos quantitativos de pesquisa permitem coletar e analisar dados para testar hipóteses; os métodos qualitativos permitem coletar e analisar dados para entender experiências.
Assim, ambas são úteis para entender um grupo alvo. Mas é necessário se levar em conta que elas examinam situações que podem estar sob a tutela de um mesmo tema, mas com viés diferente na análise de dados. Assim, em se tratando, por exemplo, de processos eleitorais é sempre recomendado pelos consultores de marketing que as duas sejam examinadas em conjunto para se entender melhor um público-alvo.
O impasse deve ser resolvido até o final do mês, já que Mauro Mendes lidera missão para China e Índia, de 03 a 16 de novembro, com representantes dos setores produtivo e industrial, para promoção de Mato Grosso, de olho na abertura, diversificação e consolidação de mercado na China, além de apresentar oportunidades de comércio e investimentos aos indianos.
Caso não se chegue a um consenso, Botelho já garantiu que poderá migrar para o Partido Social Democrático (PSD), comandado em Mato Grosso pelo ministro Carlos Fávaro e, em Cuiabá, pelo deputado Wilson Santos.
Sem descartar a possibilidade de usar – o que ele classificou como Plano B -, que é se filiar ao ‘Mais Brasil 25’ que espera decisão do Tribunal Superior Eleitoral para se tornar sigla partidária com a fusão do Patriotas com o PTB.