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O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) se emocionou durante solenidade da Procuradoria da Mulher, na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (7), quando seus membros prestaram homenagem à sua filha, Raquel Cattani, assassinada a mando do ex-marido Romero Xavier no mês passado.
Vítima de feminicídio, Raquel foi brutalmente morta com 34 facadas, e seu corpo foi encontrado pelo próprio pai em um assentamento em Nova Mutum (a 264 km de Cuiabá) no dia 19 de julho. Ela era uma jovem produtora rural e vivia no local.
Durante a sessão foi anunciado pelos membros da Procuradoria da Mulher que a sala destinada ao atendimento às mulheres vítimas de violência passará ter o nome de Raquel Cattani. O anúncio foi feito pelo deputado Carlos Avallone (PSDB), que compõe a procuradoria junto com o deputado Valdir Barranco (PT) e a deputada Janaina Riva (MDB).
“Raquel era uma menina especial, um anjo como colocou o Cattani, uma menina que iluminou a Assembleia quando passou por aqui para receber as homenagens. E nós temos uma sala da Procuradoria da Mulher que a partir de hoje levará o nome de Raquel Cattani. Nós todos estamos ao seu lado”, disse.
“Não temos muito o que fazer, sofremos por isso, porque queríamos dividir e sei que é uma dor que não para, indiferente ao que a gente faça. Não tem como entender o que aconteceu. Nós temos que aceitar, e não é fácil essa aceitação. Espero que com esse ato dos seus colegas, pois todos assinaram, você se sinta um pouco aliviado, porque nós vamos sempre ter aqui a Raquel ao nosso lado, junto com você”, acrescentou.
Durante a fala de Avallone, Gilberto Cattani não contém a emoção e chora ao lado de alguns colegas de parlamento, que o abraçam.
Crime
Raquel Cattani, 26 anos, foi encontrada morta dentro de sua residência no assentamento Pontal do Marapé, em Nova Mutum, na manhã de 19 de julho. O corpo apresentava inúmeras lesões causadas por arma branca.
Na investigação sobre o crime, foram entrevistadas ou interrogadas 150 pessoas, no período de 6 dias de diligências. Os policiais ouviram familiares da vítima, amigas, vizinhos, trabalhadores de empresas da região, moradores do assentamento Pontal do Marapé e pessoas que mantiveram contato com o mandante do crime, o ex-marido da vítima.
A investigação, analisou imagens de câmeras de segurança da vila onde a vítima tinha um sítio e das cidades da região, como São José do Rio Claro e Tapurah.
Na tentativa de ludibriar a Polícia Civil, o mandante do crime criou álibis como almoço com os ex-sogros, churrasco com pessoas com as quais não tinha convivência estreita e até ida a boates na cidade de Tapurah, entre a tarde e a noite de execução do crime, com a intenção de reforçar que não seria considerado o principal suspeito do homicídio.
Porém, no decorrer das investigações, as equipes policiais reuniram evidências que possibilitaram chegar aos dois envolvidos no crime brutal: Romero, mandante e ex-marido da vítima, e seu irmão Rodrigo, o executor do crime que montou a cena na residência de Raquel para que a Polícia Civil acreditasse que o crime teria motivação patrimonial.
Nessa segunda-feira (5), os irmãos foram indiciados pelo homicídio triplamente qualificado contra Raquel Cattani. E foi considerado desta forma por se tratar de um feminicídio com promessa de recompensa, além de ter sido uma emboscada.
Rodrigo Xavier vai responder também por furto, já que levou vários pertences da vítima, tal como um celular. Já Romero além do indiciamento como mandante foi alvo de outro inquérito, dessa vez em Lucas do Rio Verde, pelo crime de porte irregular de arma de fogo.
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