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O presidente municipal do MDB, advogado Francisco Faiad, afirmou que o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro apresentou uma versão “factível” sobre o caso conhecido como escândalo do paletó e, por isso, até hoje, o Ministério Público Federal (MPF) não o denunciou sobre o fato.
Emanuel foi filmado recebendo maços de dinheiro no Palácio Paiaguás, na época em que era deputado estadual.
Eu acredito que isso significa que a versão que ele apresentou na Polícia Federal é factível
A gravação, que consta na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, veio à tona em 2017. Conforme Silval, o dinheiro entregue a Emanuel, era uma espécie de “mensalinho” pago em troca de apoio à sua gestão
Segundo Faiad, Emanuel já foi ouvido pela Polícia Federal e apresentou documentos que provariam a sua inocência.
“Essa é uma situação que foi filmada durante o período em que o Emanuel era deputado estadual. Já existe inquérito na Polícia Federal. Emanuel já foi ouvido, já apresentou a sua versão e documentos que provam aquilo que ele disse à Policia Federal”, afirmou.
“Até hoje esse caso não se tornou processo, ainda está na fase de investigação, repito. Vamos aguardar que as autoridades, que têm o dever dessa investigação, concluam esse trabalho com sabedoria e justiça”, acrescentou.
Questionado se a falta de denúncia no caso não significa que Emanuel tem um “anjo da guarda” forte no Ministério Público, Faiad disse acreditar que, na verdade, demostra que não há uma conclusão de que o prefeito tenha cometido algum ilícito penal.
“Eu acredito que isso significa que a versão que ele apresentou na Polícia Federal é factível, está sendo analisada e até hoje não se concluiu pela existência efetivamente de deslize ou ilícito penal”, pontuou.
Pedidos do MPF
Em novembro do ano passado, o MPF pediu à Justiça Federal que Emanuel seja proibido de manter contato com envolvidos na denúncia de pagamento de “mensalinho” na Assembleia.
Além disso, o Ministério Público pediu que o prefeito pague uma multa no valor de R$ 118,2 mil, que seria uma atualização monetária e dos juros do valor de R$ 50 mil que ele teria recebido a título de vantagem indevida.
O processo tramita em segredo de Justiça.