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Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Reprodução
Bruno Fernandes de Souza Costa, vulgo Bruninho, deve ser julgado pelo Tribunal do Júri de Cuiabá nesta segunda-feira (18) pelo homicídio do comerciante Josionaldo Ferreira de Araújo, ocorrido em dezembro de 2022 no Shopping Popular. O comparsa de Bruno morreu no dia do crime, em confronto com a polícia.
O crime ocorreu em no início da noite do dia 19 de dezembro de 2022. De acordo com os autos, no dia do crime os suspeitos Bruno e Wenderson Santos Souza chegaram ao Shopping Popular e aparentavam estar procurando saber quem era Josionaldo, pois perambulavam pelos corredores ao telefone com alguém que possivelmente lhes passava informações.
Em determinado momento Wenderson cruza com o comerciante, chama Bruno e diz “é este!”. Em questão de segundos eles abordam a vítima e Wenderson aproveita para atirar contra ela. Eles foram perseguidos pela Polícia Militar e houve troca de tiros. Bruno acabou sendo preso em flagrante com um revólver e seu comparsa Wenderson acabou morrendo no confronto.
Bruno foi denunciado por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e perigo comum (já que o assassinato ocorreu em meio a outras pessoas). O julgamento foi agendado para a manhã de hoje (18).
Dinâmica do crime
Por meio de gravações coletadas e relatórios investigativos constatou-se que a dupla chegou ao centro de comércio popular e não sabia quem seria Josionaldo.
Análises das imagens mostraram que os indiciados estavam falando com uma terceira pessoa. Em determinado momento, Wenderson se aproxima do parceiro e aponta para a vítima, gesticula e sinaliza ao comparsa quem era o alvo. Josionaldo é abordado pelos criminosos, que começam a dialogar entre si, para dissimular, como se fossem clientes do shopping, sendo atendidos pela vítima, que era um comerciante bastante querido no local.
O dois então se colocam de forma que a vítima ficou entre eles. Bruno então chamou o comerciante e quando a vítima se virou, o outro criminoso sacou a arma e fez o primeiro disparo contra a cabeça da vítima, que imediatamente caiu. Em seguida, ele fez mais disparos contra Josionaldo, demonstrando um crime de execução. Foram 9 tiros no total.
Os criminosos saíram correndo e, na fuga, um dos executores do homicídio, Wenderson Santos Souza, de 24 anos, entrou em confronto com policiais militares e morreu nas imediações do centro comercial. O outro criminoso, então com 22 anos, foi preso em flagrante, e teve prisão convertida em preventiva.
Investigação da DHPP, baseada em análise de imagens do circuito de segurança, depoimentos e outros materiais probatórios, apurou que a dupla armada chegou ao centro comercial com a clara intenção de executar a vítima. Em depoimento, o criminoso preso alegou que foi com seu ‘amigo’ ao local apenas para cobrar uma dívida e não sabia que seu parceiro na empreitada criminosa mataria o comerciante.