Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Reprodução
Em quatro anos, o número de vítimas atendidas no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) aumentou 31,6%. A unidade é o único serviço especializado em Mato Grosso nesse tipo de caso e funciona no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). No ano passado, foram realizados 254 atendimentos, enquanto que em 2020 foram 193. Este ano, de janeiro a maio, já são 208 atendimentos no ambulatório do CTQ, o que corresponde a uma média de 40 ao mês.
Ao todo, 102 pessoas já foram hospitalizadas por queimaduras na unidade este ano. Os dados apontam ainda que em, entre 2022 e 2023 houve um aumento de 26,3% no número de atendimentos. O Centro de Tratamento de Queimados recebe pacientes com queimaduras de segundo grau ou espessura parcial maior que 10% da superfície corporal queimada, além dos casos de queimaduras de terceiro grau em qualquer idade.
Os atendimentos abrangem pacientes de média e alta complexidade, que se envolveram em diversos tipos de acidentes com fogo, ou podendo ser queimaduras causadas por eletricidade, produtos químicos ou outros agentes. Maioria dos acidentes, que causam queimaduras, atendidos no CTQ, acontece nos domicílios.
É o caso de Adrian Gabriel Arruda Garcia, de quatro anos, que se queimou dentro de casa com um isqueiro essa semana, no município de Lucas do Rio Verde (354 km ao norte). Adrian foi socorrido com vida, mas não resistiu. Ele ficou com 90% do corpo queimado.
SEQUELAS
Ana Lúcia Mendes Santos, 59, ainda sofre com as sequelas permanentes de queimaduras, além da perda do neto Thiago, de apenas 6 anos. Ambos se envolveram em um acidente com fogo, na área rural no Distrito de Aguaçu.
Segundo Ana Lúcia, ao tentar acender uma lamparina, para iluminar o ambiente e consertar o chinelo do neto, ela colocou, equivocadamente, gasolina, ao invés de óleo diesel, causando uma explosão.
“A casa era de madeira e no cômodo onde o fogo começou havia uma cortina. As chamas se espalharam muito rápido. Eu acabei desmaiando e só lembro de ter acordado no hospital”. Ressalta que ela e o neto foram atendidos no Centro de Tratamento de Queimados. “Meu neto ficou 7 dias na UTI, mas não resistiu. Eu tive 40% do corpo queimado e passei por sete cirurgias. Hoje ainda sinto muitas dores, meus tendões atrofiaram e tenho cicatrizes pelo corpo”.